Lei nº 1.954, de 13 de setembro de 2011
Revogado(a) integralmente pelo(a)
Lei Complementar nº 748, de 19 de dezembro de 2018
Alterado(a) pelo(a)
Lei nº 2.014, de 11 de junho de 2012
Alterado(a) pelo(a)
Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014
Revogado(a) parcialmente pelo(a)
Lei nº 2.277, de 29 de fevereiro de 2016
Revogado(a) parcialmente pelo(a)
Lei Complementar nº 603, de 01 de abril de 2016
Regulamentada pelo(a)
Decreto nº 14.413, de 08 de março de 2017
Alterado(a) pelo(a)
Lei Complementar nº 670, de 04 de agosto de 2017
Vigência a partir de 19 de Dezembro de 2018.
Dada por Lei Complementar nº 748, de 19 de dezembro de 2018
Dada por Lei Complementar nº 748, de 19 de dezembro de 2018
Art. 1º.
Calçada é a parte da via pública, normalmente segregada e em nível
diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando
possível a implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
Art. 2º.
Para os fins de aplicação desta legislação ficam definidos:
I –
abrigo de ônibus: equipamento instalado em ponto de ônibus, fora de terminal
de embarque e desembarque, que propicia ao usuário proteção das intempéries;
II –
acessibilidade: possibilidade e condição de alcance, percepção e
entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário,
equipamento urbano e elementos;
III –
acessível: espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou outro
elemento que possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa,
inclusive aquelas com mobilidade reduzida. O termo acessível implica tanto acessibilidade
física como de comunicação;
IV –
área de carga e descarga: parte da via regulamentada por sinalização vertical
e horizontal, reservada exclusivamente para o uso de veículos comerciais quando em operação
de carga e descarga.
V –
área de intervisibilidade: área delimitada pelas linhas que interligam os eixos
das vias confluentes, tangenciando o alinhamento dos imóveis perpendicularmente à bissetriz
do ângulo formado por elas;
VI –
área de permanência e lazer: área destinada ao lazer, ócio e repouso, onde
não ocorra fluxo constante de pedestres;
VII –
barreira arquitetônica, urbanística ou ambiental: qualquer elemento natural,
instalado ou edificado que impeça a aproximação, transferência ou circulação no espaço,
mobiliário ou equipamento urbano;
VIII –
calçadas verdes: faixas dentro do passeio que podem ser ajardinadas e/ou
arborizadas;
IX –
canteiro central: obstáculo físico construído como separador de duas pistas
de rolamento, eventualmente substituído por marcas viárias;
X –
cruzamento: interseção de duas vias em nível;
XI –
corredores viários: vias ou conjunto de vias criadas para otimizar o
desempenho do sistema de transporte urbano;
XII –
drenagem pluvial: sistema de sarjetas, bocas-de-lobo e grelhas utilizadas
para a coleta e destinação de água da chuva, desde as superfícies pavimentadas até as galerias,
córregos e rios;
XIII –
equipamento urbano: todos os bens públicos e privados, de utilidade
pública, destinados à prestação de serviços necessários ao funcionamento da cidade,
implantados mediante autorização do Poder Público, em espaços públicos e privados;
XIV –
escadaria: passeios implantados em colinas, ladeiras ou outras
declividades, onde se executam escadas ou patamaresdestinados ao tráfego de pedestres, a fim
de vencer acentuados ângulos de inclinação;
XV –
área de estacionamento: local destinado à imobilização de veículos por
tempo superior ao necessário para embarque ou desembarque;
XVI –
estruturas: pontes, túneis, muros de arrimo ou qualquer obra de melhoria
viária existente na cidade;
XVII –
faixa de acesso: área existente entre o alinhamento predial e a faixa livre,
existente em calçadas com largura maior ou igual a 2,50m (dois metros e cinqüenta
centímetros).
XVIII –
faixa livre: área do passeio via ou rota destinada exclusivamente à
circulação de pedestres, desobstruída de mobiliário urbano ou outras interferências;
XIX –
faixa de serviço: área da calçada destinada à colocação de objetos,
elementos, mobiliário urbano e pequenas construções integrantes da paisagem urbana, de
natureza utilitária ou não, implantados mediante a autorização do Poder Público;
XX –
faixas de trânsito: qualquer uma das áreas longitudinais em que a pista
pode ser subdividida, sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham largura
suficiente para permitir a circulação de veículos automotores;
XXI –
faixa de travessia de pedestres: demarcação transversal à pista de
rolamento de veículos, para ordenar e regulamentar os deslocamentos dos pedestres para a
travessia da via, bem como advertir condutores de veículos da necessidade de reduzir a
velocidade de modo a garantir a segurança e da preferência da travessia dos pedestres no local;
XXII –
linhas de divisão de fluxos: marcas longitudinais que separam e ordenam
as correntes de tráfego, definindo a parte da pista destinada ao rolamento, sua divisão em
faixas, a divisão de fluxos opostos, as faixas de uso exclusivo de um tipo de veículo, as
reversíveis, além de estabelecer as regras de ultrapassagem;
XXIII –
fatores de impedância: elementos ou condições que podem interferir no
fluxo de pedestres, tais como: mobiliário urbano, entrada de edificações junto ao alinhamento,
vitrines junto ao alinhamento, vegetação, postes de sinalização, entre outros;
XXIV –
foco de pedestre: indicação luminosa de permissão ou impedimento de
locomoção na faixa apropriada;
XXV –
guia: borda ao longo do leito carroçável ou limite do passeio, geralmente
construída com concreto ou granito, que cria barreira física entre a faixa de trânsito e o passeio,
propiciando ambiente mais seguro para os pedestres e facilidades para a drenagem da via;
XXVI –
guia de balizamento: elemento edificado ou instalado junto aos limites
laterais das superfícies de piso destinado a definir claramente os limites da área de circulação
de pedestres, perceptível por pessoas com deficiência visual;
XXVII –
guia rebaixada: é o meio-fio na função desejável para permitir a
transposição da calçada;
XXVIII –
iluminação dos passeios: iluminação voltada para o passeio com altura
menor que a da iluminação da rua, assegurando boa visibilidade e legibilidade aos passeios;
XXIX –
infra-estrutura urbana: sistemas de drenagem, água e esgoto,
comunicações e energia elétrica, entre outros, que provêem melhorias às vias públicas e
edificações;
XXX –
interseção: todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação,
incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos, entroncamentos e bifurcações;
XXXI –
mobiliário urbano: todos os objetos, elementos e pequenas construções
integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não, implantados mediante
autorização do Poder Público em espaços públicos e privados;
XXXII –
paisagem urbana: característica visual determinada por elementos como
estruturas, edificações, vegetação, vias de tráfego, espaços livres públicos, mobiliário urbano,
dentre outros componentes naturais ou construídos pelo homem;
XXXIII –
passeio ou passeio público: parte da calçada ou da pista de rolamento,
neste último caso, separado por pintura ou elementofísico separador, livre de interferências,
destinada à circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas;
XXXIV –
pedestre: pessoa que anda ou está a pé, em cadeira de rodas ou
conduzindo bicicleta na qual não esteja montada;
XXXV –
piso tátil: piso caracterizado pela diferenciação de textura em relação
ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha guia, perceptível por pessoas com
deficiência visual;
XXXVI –
pista ou leito carroçável: parte da via normalmente utilizada para a
circulação de veículos, identificada por elementos separadores ou por diferença de nível em
relação às calçadas, ilhas ou canteiros centrais;
XXXVII –
Pólo Gerador de Tráfego (PGT): edificações ou instalações que
exercem grande atratividade sobre a população, mediante a oferta de bens ou serviços, gerando
elevado número de viagens, com substanciais interferências no tráfego do entorno e
necessidade de aumento de áreas de estacionamento;
XXXVIII –
ponto de ônibus: trecho ao longo da via reservado ao embarque e
desembarque de usuários do transporte coletivo, podendo ter ou não elemento (abrigo) que
proteja os usuários das intempéries;
XXXIX –
ponto de táxi: trecho ao longo da via reservado ao estacionamento de
veículos de aluguel, bem como o embarque e desembarque dos usuários, podendo ter ou não
elemento (abrigo) que proteja os usuários das intempéries;
XL –
poste: estruturas utilizadas para suportar cabos de infra-estrutura, tais como
de eletricidade, telefonia, ônibus eletrificados, bem como para fixação de elementos de
iluminação e sinalização;
XLI –
rampa: inclinação da superfície de piso, longitudinal ao sentido de
caminhamento. Consideram-se rampas aquelas com declividade igual ou superior a 5% (cinco
por cento);
XLII –
rampa de veículos: parte da rua ou passagem provida de rebaixamento de
calçada e guia para acesso de veículos entre a rua e uma área específica ou não trafegável;
XLIII –
rebaixamento de calçada: rampa construída ou instalada na calçada
destinada a promover a concordância de nível entre o passeio e o leito carroçável;
XLIV –
rota acessível: trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os
elementos e espaços internos ou externos de um local e pode ser utilizada de forma autônoma e
segura por todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência ou com mobilidade reduzida,
sendo que:
a)
a rota acessível interna pode incorporar corredores, pisos, rampas, escadas,
elevadores, entre outros;
b)
a rota acessível externa pode incorporar estacionamentos, calçadas e guias
rebaixadas, faixas de travessia de pedestres, rampas, entre outros;
XLV –
sarjeta: escoadouro para as águas das chuvas que, nas ruas e praças, beira
o meio-fio dos passeios;
XLVI –
sinalização: conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança
colocados na via pública com o objetivo de orientar e garantir a utilização adequada,
possibilitando melhor fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que nela
circulam;
XLVII –
trânsito: movimentação e mobilização de veículos, pessoas e animais
nas vias terrestres;
XLVIII –
uso público: espaços, salas ou elementos internos ou externos,
disponibilizados para o público em geral, podendo ocorrer em edificações ou equipamentos de
propriedade pública ou privada;
XLIX –
uso comum: espaços, salas ou elementos internos ou externos,
disponibilizados para o uso de grupo específico de pessoas, tais como áreas ocupadas por
funcionários, colaboradores e eventuais visitantes;
L –
uso restrito: espaços, salas ou elementos internos ou externos,
disponibilizados estritamente para pessoas autorizadas;
LI –
via: superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais,
compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central;
LII –
via de trânsito rápido: via caracterizada poracessos especiais com trânsito
livre, sem interseções em nível, sem acessibilidadedireta aos lotes lindeiros e sem travessia de
pedestres em nível;
LIII –
via arterial: via caracterizada por interseções em nível, geralmente
controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais,
possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade;
LIV –
via coletora: via destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha
necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito
dentro das regiões da cidade;
LV –
via local: via caracterizada por interseções em nível não semaforizadas,
destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas;
LVI –
vias e áreas de pedestres: vias ou conjunto de vias destinadas à circulação
prioritária de pedestres;
LVII –
Greide: É a linha que acompanha o perfil, dotada de uma certa declividade, e que mostra o quanto o solo deve ser cortado ou aterrado.
Art. 3º.
A execução, manutenção e conservação das calçadas, bem como a
instalação nos passeios de mobiliário urbano, equipamentos de infra-estrutura, vegetação,
sinalização, entre outros permitidos por lei, deverão atender os seguintes princípios:
I –
acessibilidade: garantia de mobilidade e acessibilidade para todos os usuários,
assegurando o acesso, principalmente de idosos e pessoas com deficiência ou com mobilidade
reduzida, possibilitando rotas acessíveis, concebidas de forma contínua e integrada por
convenientes conexões entre destinos, incluindo as habitações, os equipamentos de serviços
públicos, os espaços públicos, o comércio e o lazer, entre outros;
II –
segurança: as calçadas, caminhos e travessias deverão ser projetados e
implantados de forma a não causar riscos de acidentes, minimizando-se as interferências
decorrentes da instalação do mobiliário urbano, equipamentos de infra-estrutura, vegetação,
sinalização, publicidade, tráfego de veículos e edificações;
III –
desenho adequado: o espaço das calçadas deverá ser projetado para o
aproveitamento máximo dos benefícios, redução dos custos de implantação e manutenção,
respeitando as especificações das normas técnicas pertinentes e do Código de Trânsito
Brasileiro - CTB -, garantindo um desenho adequado da via que privilegie o trânsito de
pedestres e observando os aspectos estéticos e harmônicos de seu entorno, além da fachada das
edificações lindeiras, deverá também, caracterizar o entorno e o conjunto de vias com
identidade e qualidade no espaço, contribuindo na qualificação do ambiente urbano e na
adequada geometria do sistema viário;
IV –
continuidade e utilidade: a calçada deverá servir como rota acessível ao
usuário, contínua e facilmente perceptível, objetivando a segurança e qualidade estética,
garantindo que a via e o espaço público sejam projetados de forma a estimular sua utilização,
bem como facilitar os destinos; e
V –
nível de serviço e conforto: qualidade no caminhar que o espaço oferece,
mediante a escolha da velocidade de deslocamento dos pedestres e a generosidade das
dimensões projetadas.
Art. 4º.
A calçada será organizada em 3 (três) faixas, na conformidade dos
desenhos dos Anexo I integrante desta Lei que estabelece as dimensões mínimas,
recomendáveis e desejáveis para as vias tipo 01 - Arteriais, vias tipo 02 - Coletoras e vias tipo
03 - Locais. É formada pelos seguintes componentes:
I –
guias e sarjetas;
II –
faixa de serviço;
III –
faixa livre;
IV –
faixa de acesso;
V –
esquina, incluindo a área de intervisibilidade.
Parágrafo único
Nas situações em que for necessário em benefício da
coletividade, a poder concedente poderá determinar qual o dimensionamento a ser adotado pelo
executor da calçada, dentre os já estabelecidos pelo anexo I desta Lei.
Art. 5º.
As guias e sarjetas deverão ser executadas de acordo com as Instruções
de Execução da Prefeitura Municipal, em concreto fcK 20 MPa, conforme anexo II integrante
desta Lei.
Art. 6º.
Os rebaixamentos de calçada e guias deverão atender aos requisitos
estabelecidos no Capítulo IV e V desta Lei.
Art. 7º.
A faixa de serviço, localizada em posição adjacente à guia, deverá ter no
mínimo 0,80cm (oitenta centímetros) sendo que, em casos onde a largura da calçada existente
for inferior a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), a faixa de serviço deverá ter sua
largura correspondente ao remanescente da faixa livre, variando de 0,50cm (cinqüenta
centímetros) a 1,00m (um metro).
Art. 8º.
Esta faixa destina-se à instalação de equipamentos e mobiliário urbano,
a vegetação e demais interferências existentes nas calçadas, tais como tampas de inspeção,
grelhas de exaustão e de drenagem das concessionárias de infra-estrutura, lixeiras, postes de
sinalização, iluminação pública e eletricidade.
Parágrafo único
O rebaixamento de guia para fins de acesso de veículos em
edificações, postos de abastecimento e serviços e similares localiza-se na faixa de serviço.
Art. 9º.
Os equipamentos e sua implantação na faixa de serviço deverão seguir
as disposições constantes no Capítulo IV, V e VII desta Lei.
Art. 10.
A faixa livre é a área destinada exclusivamente à livre circulação de
pedestres, desprovida de obstáculos, equipamentos urbanos e/ou de infra-estrutura, mobiliário,
vegetação, floreiras, rebaixamento de guias para o acesso de veículos ou qualquer outro tipo de
interferência permanente ou temporária, devendo atender às seguintes características:
I –
possuir superfície regular, firme, contínua e antiderrapante sob qualquer
condição;
II –
ter inclinação longitudinal acompanhando o greide da rua;
III –
ter inclinação transversal constante entre 1,5% (um vírgula cinco por cento)
a 2,5% (dois vírgula cinco por cento), exceto em calçadas onde for aplicado o pré-fabricado de
concreto sem rejunte;
IV –
possuir largura mínima de 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros) nas
vias locais e nas vias coletoras e artérias deverá ser mantido uma largura de faixa livre de no
mínimo 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) conforme Anexo I.
V –
ser livre de qualquer interferência, obstáculo ou barreira arquitetônica;
VI –
poderá destacar-se visualmente no passeio por meio de cores, texturas,
juntas de dilatação ou materiais em relação às outras faixas da calçada, observadas as normas
da ABNT;
VII –
em alargamentos de passeios, nas esquinas, a rota acessível proposta pela
faixa livre deverá ser preservada por meio de uma área de acomodação;
VIII –
ser livre de emendas ou reparos de pavimento, devendo ser recomposta
nas larguras da modulação original, em caso de obras de interferência.
IX –
Nas faixas livres, os passeios deverão atender a especificação de altura
mínima de obstáculos, livre de interferências, de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).
X –
eventuais desníveis no piso de até 5 mm (cinco milímetros) não demandam
tratamento especial e quando superiores a essa medida até 15mm (quinze milímetros) deverão
ser tratados em forma de rampa, com inclinação máxima de 1:6 (um por seis) ou 17%
(dezessete por cento).
Parágrafo único
Calçadas com declividade acima de 8,33% (oito vírgula trinta
e três por cento) não serão consideradas rotas acessíveis.
Art. 11.
Faixa de acesso é a área destinada à acomodação das interferências
resultantes da implantação, do uso e da ocupação das edificações existentes na via pública,
autorizados pelo órgão competente de forma a não interferir na faixa livre, sendo permitida
para passeios acima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) de largura.
§ 1º
Para fins exclusivos desta legislação a faixa de acesso deverá ser utilizada
para a instalação e manutenção dos serviços públicos de água e esgoto, instalados junto ao
alinhamento dos lotes.
§ 2º
Para as calçadas em que as tubulações não estejamna faixa denominada de
faixa de acesso é recomendado que a calçada seja pavimentada com blocos intertravados de
concreto em função da facilidade de manutenção e reposição da mesma.
Art. 12.
A faixa de acesso do lote poderá conter:
I –
áreas de permeabilidade e vegetação, as quais poderão ser instaladas, desde
que atendam aos critérios de implementação constantes da legislação relativa às calçadas
verdes conforme Cap. VIII desta lei;
II –
elementos de mobiliário temporário, os quais poderão ficar nessa área, tais
como mesas, cadeiras e toldos, obedecidas às disposições de legislações específicas, bem como
o Código de Posturas Municipal;
III –
projeção de anúncios, desde que garantida a não interferência na faixa de
livre circulação e o respeito ao disposto em legislação específica.
§ 1º
Nas faixas de acesso deverão ser evitados fatores de impedância.
§ 2º
Eventual desnível entre o passeio e o terreno lindeiro, deverá ser
acomodado no interior do imóvel.
Art. 13.
A esquina constitui o trecho do passeio formado pela área de
confluência de 2 (duas) vias.
Art. 14.
As esquinas deverão ser constituídas de modo a:
Art. 15.
Para garantir a segurança do pedestre nas travessias e do condutor de
automóvel nas conversões, as esquinas deverão estarlivres de interferências visuais ou físicas
até a distância de 5m (cinco metros) a partir do ponto de concordância entre a guia e o raio de
curvatura da esquina em sentido longitudinal da calçada contrário a curvatura da esquina.
Art. 16.
Todos os equipamentos ou mobiliários colocados nas proximidades de
esquinas deverão seguir critérios de localização de acordo com o tamanho e a influência na
obstrução da visibilidade, conforme estabelecido noCódigo de Trânsito Brasileiro - CTB - e na
NBR 9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - ou norma técnica oficial
superveniente que a substitua.
Art. 17.
Nas esquinas, onde houver o cruzamento de dois tipos de padrões de
calçadas, um dos padrões deverá se sobrepor ao outro. Nestes casos, o Tipo 01 - Vias Arteriais
deverá se sobrepor ao Tipo 02 - Vias Coletoras e este deverá se sobrepor ao Tipo 03 - Vias
Locais conforme as disposições constantes no Anexo I desta Lei.
Art. 18.
O rebaixamento de guia para acesso aos veículos deverá:
I –
localizar-se dentro da faixa de serviço junto à guia não obstruindo a faixa de
livre circulação;
II –
possuir 1 (um) degrau separador entre o nível da sarjeta e a concordância
com o rebaixamento, com altura média de 4cm (quatro centímetros);
III –
conter abas de acomodação lateral para os rebaixamentos de guia e
implantação de rampas destinadas ao acesso de veículos quando eles intervierem, no sentido
longitudinal, em áreas de circulação ou travessia de pedestres;
IV –
não interferir na inclinação transversal da faixa de livre circulação de
pedestres;
V –
nas áreas de acesso aos veículos, à concordância entre o nível da calçada e o
nível do leito carroçável na rua, deverá ocorrer na faixa de serviço não ocupando mais que 1/3
(um terço) da largura da calçada, respeitando o mínimo de 0,50cm (cinqüenta centímetros) e o
máximo de 1,00m (um metro).
VI –
A largura máxima do rebaixamento de guias, em pólos geradores de tráfego,
para o acesso de veículos deverá ser de no máximo 50% (cinqüenta por cento) da largura do
lote até o limite de 8,00m (oito metros).
§ 1º
Os locais destinados a postos de abastecimento e serviços, oficinas,
estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão ter suas entradas e saídas devidamente
identificadas e sinalizadas, de acordo com as normas e resoluções da Secretaria Municipal de
Transportes e Trânsito;
§ 2º
A Prefeitura poderá autorizar a implantação de protetores de passeio, desde
que atendidos os critérios do órgão fiscalizador de trânsito
§ 3º
Em obras já executadas, onde não for possível acomodar a rampa para
acesso de veículo no interior do imóvel, esta poderá ser executada na faixa de acesso desde que
não interfira na faixa livre.
Art. 19.
As calçadas devem incorporar dispositivos de acessibilidade nas
condições especificadas na NBR 9050 da ABNT ou norma técnica oficial superveniente que a
substitua, bem como nas resoluções municipais específicas.
Art. 20.
O rebaixamento de calçadas e guias junto à faixa de travessia de
pedestres e junto à marca de canalização de vagas destinadas ao estacionamento de veículos
que transportam pessoas com deficiência nas vias e logradouros públicos do Município deverá
atender a pelo menos um dos critérios de projetos estabelecidos na NBR 9050 da ABNT -
Associação Brasileira de Normas Técnicas -, ou regulamentação superveniente que a substitua.
Art. 21.
Fica obrigado o emprego de rebaixamento de calçada e guia junto à
faixa de travessia de pedestres e junto à marca de canalização de vagas destinadas ao
estacionamento de veículos que transportam pessoas com deficiência nas vias e logradouros
públicos, devendo a sua execução e instalação atender aos critérios estabelecidos na NBR 9050
da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - ou regulamentação superveniente que
a substitua.
Art. 22.
Os rebaixamentos de calçadas e guias junto à faixa de travessia de
pedestres devem estar alinhados, não permitindo travessia de pedestres na diagonal.
Art. 23.
É obrigatória a utilização de sinalização tátil de piso nas vias Arteriais e
nas vias Coletoras, devendo estar localizado entre a faixa de serviço e a faixa livre, conforme
NBR 9050 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - ou regulamentação
superveniente que a substitua, bem como a utilização de sinalização tátil de piso na execução
de rampas nos cruzamentos destas vias.
Art. 24.
É recomendado a utilização de sinalização tátil de piso na execução de
rampas para rebaixamentos de calçadas e guias, junto à faixa de travessia de pedestres e junto à
marca de canalização de vagas destinadas ao estacionamento de veículos que transportam
pessoas com deficiência nas vias e logradouros públicos do município, nas plataformas de
embarque e desembarque e na aplicação de mobiliáriourbano devendo atender aos critérios de
projeto e instalação estabelecidos na NBR 9050, da ABNT - Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ou regulamentação superveniente que a substitua.
Art. 25.
Em projetos especiais, o Poder Público poderá determinar a
implantação de guias de balizamento, de acordo com os critérios adotados na NBR 9050 da
ABNT ou norma técnica oficial superveniente que a substitua.
Art. 26.
Em casos de topografia acentuada ou na implantação de rotas acessíveis
especiais, poderá o responsável pelo passeio, mediante consulta pelo procedimento previsto
nesta Lei, solicitar autorização à Prefeitura Municipal para a instalação de dispositivos de
assistência, como corrimãos, desde que não interfiram na faixa de livre circulação e não se
comportem como interferências, prejudicando a paisagem urbana.
Parágrafo único
As dimensões, alturas e espessuras deverão observar as regras
da NBR 9050 da ABNT ou de norma técnica oficial superveniente que a substitua.
Seção V
Normas específicas em relação às Garagens, Estacionamentos e Postos de Abastecimento
e Serviços e Similares
Seção V
Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
Normas Específicas em relação às Garagens, Estacionamentos e Postos
de Abastecimento e Serviços e Similares, Concessionárias e
Permissionárias dos Serviços Públicos.
Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
Art. 27.
O acesso aos estacionamentos deverá atender às seguintes exigências:
I –
circulação independente para veículos e pedestres;
II –
largura mínima de 3,00m (três metros) para acesso em mão única e 5,00 m
(cinco metros) em mão dupla até o máximo de 7,00 m (sete metros) de largura. O rebaixamento
ao longo do meio-fio para a entrada e saída de veículos poderá ter a largura do acesso ao
estacionamento mais 25% (vinte e cinco por cento) até o máximo de 7,00 m (sete metros);
III –
para testadas com mais de um acesso, o intervalo entre as guias rebaixadas
não poderá ser menor que 5,00 m (cinco metros);
IV –
distância mínima de 8,00m (oito metros) do encontro dos alinhamentos
prediais na esquina, exceto quando se tratar de garagem ou estacionamento com área superior a
2.000,00 m² (dois mil metros quadrados), quando essa distância mínima passa a ser de 20,00 m
(vinte metros).
Art. 28.
O rebaixamento de meio-fios destinados ao acesso aos postos de
abastecimento só poderá ser executado mediante licença expedida pelo órgão competente da
Prefeitura Municipal, obedecendo as seguintes condições:
I –
em postos de abastecimento e serviços de meio de quadra, o rebaixamento de
meio-fio será feito em dois trechos de no máximo 8,00m (oito metros), desde que se mantenha
uma distância mínima de 5,00m (cinco metros) entre eles. Neste caso, os acessos deverão ser
definidos exclusivamente como entrada ou saída, sinalizados com setas no piso;
II –
em postos de abastecimento e serviços de esquina, não poderá ser rebaixado
o meio-fio no trecho correspondente à curva de concordância de duas ruas;
III –
em postos de abastecimento e serviços de esquina, deverá haver apenas 01
(um) acesso em cada testada, respeitando a distância máxima de 8,00m (oito metros) para cada
rebaixamento de guia. Em postos onde haja necessidade de locação de 02 (dois) acessos na
mesma testada devido à concepção do projeto e/ou localização das bombas, deverá ser
respeitado o disposto no inciso I deste artigo, desde que as dimensões do lote sejam suficientes
para tal.
Art. 29.
A calçada lindeira ao posto de abastecimento e serviço deverá manter o
padrão da quadra e os acessos deverão ser executados com piso resistente ao tráfego de
veículos (asfalto, bloco intertravado ou similar).
Art. 30.
Não será permitido, sob qualquer pretexto, o uso da calçada para
estacionamento ou circulação de veículos.
Art. 31.
Qualquer reforma ou ampliação nos postos de abastecimentos e serviço
existentes, deverá ser obedecido o contido nesta Lei, devendo o projeto ser submetido à
aprovação dos órgãos competentes da Prefeitura Municipal.
Art. 32.
As áreas remanescentes (residuais da implantação de soluções viárias
e/ou urbanísticas) deverão ser pavimentadas de acordo com as disposições previstas nesta Lei sempre que oferecerem condições (largura mínima, inclinação aceitável) e integrarem uma rota
acessível, caso contrário, deverão configurar-se apenas como áreas arborizadas ou calçadas
verdes, quando a legislação assim o determinar, ou deverão ser pavimentadas com piso
irregular que iniba a circulação de pedestres.
Art. 33.
As áreas de canteiro divisor de pista e ilhas de canalização,
especificamente em vias arteriais e coletoras, deverão preferencialmente configurar-se como
áreas arborizadas ou calçadas verdes, quando a legislação assim o determinar, podendo ser
pavimentadas as áreas destinadas à travessia e circulação de pedestres, quando permitido
pelo Código de Trânsito Brasileiro.
Art. 34.
Nas vias públicas situadas em topografias com declive acentuado ou em
áreas de acidentes naturais, onde não seja possível a adoção dos parâmetros determinados nesta
Lei, o responsável pelos passeios deverá consultar a Prefeitura Municipal para que mediante
estudo do caso particular e de acordo com os procedimentos previstos nesta Lei, forneça
critérios específicos para a construção, com vistas a serem atendidos os princípios consagrados
por esta Lei.
Art. 34-A.
As concessionárias e permissionárias de serviços públicos e
as autorizatárias que têm nas calçadas, praças e passeios públicos,
equipamentos e mobiliário urbano como terminais e pontos de paradas de
ônibus, telefones públicos, coletores de lixo, postes de iluminação pública,
caixas coletoras de correspondência, quiosques diversos, placas de
publicidade, dentre outros que estejam em desacordo com o disposto na
ABNT NBR 9050:2004 e legislação pertinentes deverão, no prazo de
noventa dias, a contar da publicação desta Lei, adaptar ou retirar os
mesmos.
Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
§ 1º
As concessionárias permissionárias e autorizatárias que não se
adaptarem às disposições desta Lei serão advertidas pela Comissão
Especifica de Projetos de Padronização de Calçadas e Mobilidade Urbana, para que promovam as modificações necessárias ou retirem
seus equipamentos, ficando, em caso de descumprimento no prazo
determinado, sujeitas às seguintes penalidades até o cumprimento das
determinações municipais:
Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
I –
multa de 10 UPF'S por dia, por até 100 dias;
Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
II –
cassação da concessão, permissão ou autorização;
Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
III –
quando a notificação preliminar retornar por não localizar o
destinatário, por qualquer motivo, a Prefeitura fará notificação por edital,
para a devida ação fiscal.
Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
§ 2º
As concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviços
públicos que realizarem obras de manutenção de seus equipamentos nas
calçadas, praças, passeios e públicos e passagens de pedestres devem
recompor o local ao término de suas obras sob pena de serem sujeitas a
multa na forma do art. 34-B
Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
Art. 34-B.
A Comissão Especifica de Projetos de Padronização de
Calçadas e Mobilidade Urbana, determinará aos responsáveis pela
instalação de canteiros ou jardineiras de mobiliário particular como gradis
de portarias de edifícios, de garagens, prismas de concreto “fradinho”,
entre outros que estejam em desacordo com os objetivos desta Lei, para
que se adaptem ou retirem os referidos equipamentos, sob pena das
seguintes penalidades:
Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
II –
multa de 06 UPF'S por dia, por até 100 dias;
Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
III –
quando a notificação preliminar retornar por não localizar o
destinatário, por qualquer motivo, a Prefeitura fará notificação por edital,
para a devida ação fiscal.
Inclusão feita pelo Art. 2º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
Art. 35.
Os pavimentos deverão estar em harmonia com seu entorno, não
apresentar desníveis, ser construídos, reconstruídos ou reparados com materiais e padrões
apropriados ao tráfego de pessoas e constituir uma rota acessível aos pedestres que neles
caminhem, com superfície regular, firme, antiderrapante e sem obstáculos.
Art. 36.
As calçadas deverão ser contínuas, sem mudança abrupta de níveis ou
inclinações que dificultem o trânsito seguro de pedestres, observados os níveis imediatos das
calçadas lindeiras quando executadas de acordo com esta Lei.
Parágrafo único
Caberá a Prefeitura Municipal demarcar todos os niveis do
calçamento ao longo de uma lateral, frente e fundo da quadra, para assegurar o previsto no
caput deste artigo.
Art. 37.
Os materiais empregados na construção, reconstrução ou reparo das
calçadas, especialmente do pavimento da faixa livre, entendido este como um sistema
composto de base, sub-base e revestimento, deverão apresentar as seguintes características:
I –
garantir superfície firme, regular, estável e antiderrapante sob qualquer
condição;
II –
evitar vibrações de qualquer natureza que prejudiquem a livre circulação,
principalmente de pessoas usuárias de cadeira de rodas;
III –
ter durabilidade garantida ou mínima de 5 (cinco) anos;
IV –
possuir resistência à carga de veículos quandoos materiais forem utilizados
na faixa de acesso de garagens e estacionamentos e no rebaixamento de guia para veículos;
V –
os pavimentos utilizados para faixa de serviço e de acesso poderão, em áreas
específicas sempre que possível, ser permeáveis e fazer parte de sistema drenante que
encaminhe as águas para a drenagem pública existente.
VI –
concreto pré-fabricado em placas com dimensões máximas de 48x48
centímetros e espessura mínima de 4 centímetros;
VII –
concreto moldado in loco, com juntas de execução de forma a permitir
peças contínuas com dimensões máximas de 48x48 centímetros e espessura mínima de 4
centímetros e com acabamento desempenado ou texturado, desde que seja observado o inciso
II, do caput deste artigo;
VIII –
bloco de concreto intertravado (paver); sendo obrigatória a espessura
mínima de 6 centímetros para o acesso aos veículos e em toda a extensão das vias turísticas e
vias de comércio e serviços, o concreto utilizado deverá ter resistência mínima a compressão de
35Mpa de acordo com a NBR 9781/87 da ABNT;
IX –
concreto estampado com juntas de execução de forma a permitir peças
contínuas com dimensões máximas de 48x48 centímetros e espessura mínima de 4 centímetros.
Parágrafo único
Para efeitos de aplicação desta lei, as juntas ou faixas
existentes nos pisos não deverão ultrapassar 08 mm (oito milímetros) para os incisos VI e VII
deste artigo.
Art. 38.
Fora da faixa livre, na faixa adjacente ao leito carroçável, mediante
consulta de acordo com o procedimento previsto nos artigos específicos desta Lei, no caso das
situações especiais de: calçadas contíguas às áreas de lazer, de permanência e de pedestres,
poderá ser obtida autorização específica da Prefeitura para a utilização de outro material no
pavimento;
Art. 39.
Na aprovação dos projetos de calçadas deverão ser observados os
critérios de hierarquização viária e padronização conforme estabelecido em regulamento.
Art. 40.
A execução do pavimento dos passeios deverá respeitar a recomendação
específica das normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - ou as
Normas Técnicas Oficiais - NTO -, referentes aos respectivos materiais e sistemas construtivos,
inclusive os seus instrumentos de controle de qualidade e garantia.
Parágrafo único
Quando não houver referências sobre os critérios de instalação
e execução, deverão ser obedecidas as instruções normativas editadas pelos órgãos municipais
competentes.
Art. 41.
Quanto aos assuntos pertinentes ao trânsito, deverão ser observadas as
orientações expedidas pelo órgão competente, conforme previsto no Código de Trânsito
Brasileiro - CTB.
Art. 42.
Quando em razão de particularidades do terreno, que inviabilizem a
implantação dos padrões previstos nesta Lei, antes da execução do passeio, deverá ser
formalizada consulta prévia ao órgão competente do Município instruída com croqui da
calçada, fotografias do local e proposta de execução que atenda ao critério: da faixa de serviço
e a de acesso a edificações poderão ter inclinações superiores em situações topográficas
atípicas, que deverão ser objeto de consulta e aprovação pela Prefeitura, desde que a faixa livre
se mantenha entre 1,5% (um vírgula cinco por cento)e 2,5% (dois vírgula cinco por cento) de
inclinação transversal.
Art. 43.
Poderá haver, em situações especiais, que deverão ser objeto de
aprovação do órgão competente da Prefeitura, a ampliação do passeio sobre o leito carroçável,
em razão da dificuldade de acomodação dos pedestres e facilidades para a aplicação dos
rebaixamentos de guia.
Art. 44.
A recomposição do pavimento, pelos responsáveis e pelas pessoas
físicas ou jurídicas que possuam permissão de uso de vias públicas com base em legislação
específica deverá atender, além das disposições gerais estabelecidas nesta Lei, às seguintes
disposições:
I –
nas obras que exijam quebra da calçada, as mesmas deverão ser refeitas em
toda a sua seção transversal, não sendo admitidas emendas e reparos longitudinais de
acabamento, devendo ser respeitada a modulação do pavimento;
II –
quando necessárias, as emendas transversais deverão ser perpendiculares ao
sentido do fluxo de pedestres;
III –
deverão ser utilizados rigorosamente os mesmos materiais e técnicas
especificados pela Prefeitura para o piso original;
IV –
a recomposição das calçadas deverá ser feita em toda sua largura e toda
extensão entre juntas contíguas;
V –
nas calçadas verdes, a vegetação, quando afetada pelas obras, deverá ser
reconstituída ao padrão original;
VI –
na recomposição de pavimentos com tratamento decorativo de blocos
intertravados, a padronagem, se houver, deverá ser restituída ao projeto original; e
VII –
na recomposição das calçadas que ainda não atendam as disposições desta
Lei, a reconstrução deverá ser feita de acordo com o novo padrão estabelecido.
Art. 45.
Nenhum equipamento ou interferência poderá estar localizado na área
reservada à faixa livre.
Art. 46.
Os equipamentos aflorados, quiosques e lixeiras, bancas de jornal,
caixas de correio, bancos, dispositivos de ventilação, câmaras enterradas, sinalização de
trânsito e dispositivos controladores de trânsito, postes da rede de energia elétrica deverão ser
instalados exclusivamente na faixa de serviço.
Art. 47.
Os postes de iluminação pública, telefones públicos, bancas de jornal,
grelhas e pontos de ônibus deverão ser instalados preferencialmente na faixa de serviço.
Art. 48.
A drenagem superficial deverá ser executada conforme os seguintes
critérios:
I –
as canalizações para o escoamento de águas pluviais poderão passar sob o
piso das calçadas, não interferindo na declividade transversal, principalmente da faixa livre;
II –
as bocas-de-lobo deverão ser alocadas junto às guias na faixa de serviço,
distante o suficiente das esquinas de modo a não interferir no rebaixamento de calçadas e guias
para travessia de pedestres;
III –
quando utilizar grelhas, as aberturas ou frestas deverão ter vãos ou juntas
com, no máximo, de 15mm (quinze milímetros), alocados transversalmente ao sentido do fluxo
de pedestres;
IV –
sempre que possível, deverão ser evitados obstáculos ao escoamento das
águas pluviais para os canteiros de vegetação.
Art. 49.
Os mobiliários urbanos, dentro da via pública, serão instalados
respeitando as seguintes condições desta Lei:
I –
preservação da visibilidade entre motoristas e pedestres;
II –
nenhum mobiliário deverá ser instalado nas esquinas, exceto sinalização
viária, placas com nomes de logradouros e postes de fiação;
III –
deverão ser instalados em locais em que não intervenham na travessia de
pedestres;
IV –
os equipamentos de pequeno porte, como telefones públicos, caixas de
correio e lixeiras deverão ser instalados à distância mínima de 5,00m (cinco metros) do ponto
de concordância entre a guia e o raio de curvatura da esquina.
V –
os equipamentos de grande porte, tais como abrigos de ônibus, bancas de
jornal e quiosques, deverão ser implantados à, no mínimo, 15,00m (quinze metros) de distância
do ponto de concordância entre a guia e o raio de curvatura da esquina.
Art. 50.
Todos os pontos de embarque e desembarque de transporte coletivo
deverão ser acessíveis ou fazer parte de um sistema acessível.
§ 1º
Quando houver desnível da plataforma em relação aopasseio, deverá ele
ser vencido por meio de rampa, nos padrões da NBR 9050 da ABNT ou norma técnica oficial
posterior que a substitua.
§ 2º
Quando houver anteparo vertical, não deverá ele interferir na faixa de livre
circulação.
Art. 51.
Os postes elétricos e de iluminação pública deverão ser implantados de
acordo com as seguintes regras:
I –
estar acomodados na faixa de serviço, distantes do bordo do alinhamento da
via transversal, a fim de não interferirem nos rebaixamentos de calçadas e guias para travessia
de pedestres;
II –
o eixo de implantação do poste deverá estar distante da borda da guia, não
interferindo nos rebaixamentos de acesso de veículos, nem na faixa livre.
Art. 52.
A sinalização de trânsito deverá ser implantada na conformidade das
seguintes regras:
I –
otimização das interferências na via, utilizando o mínimo de fixadores e
postes para sua implantação;
II –
estar alocada ao mínimo de 45cm (quarenta e cinco centímetros) do eixo da
guia, em áreas retilíneas;
III –
estar alocada no mínimo a 60cm (sessenta centímetros) do eixo da guia em
áreas curvas, não interferindo na intervisibilidade e na faixa livre junto às esquinas.
Art. 53.
Os dispositivos controladores de trânsito deverão ser implantados
conforme os seguintes critérios:
I –
otimização das interferências na via, utilizando-se do mínimo de fixadores ou
postes para sua implantação;
II –
implantação fora de áreas de conflito veicular ou conversão das esquinas;
III –
estar localizados próximos à rede elétrica, se sua alimentação for aérea;
IV –
em alimentação subterrânea, as tampas de inspeção e passagem deverão ser
locadas na faixa de serviço, fora da faixa livre e rebaixamentos de calçadas e guias para
travessia de pedestres;
V –
preservação das boas condições de intervisibilidade.
Art. 54.
Os transformadores semi-enterrados deverão estar encobertos ou
associados a elementos e dispositivos arquitetônicos ou soluções paisagísticas para que se
integrem aos espaços implantados.
Art. 55.
O vão máximo permitido para as tampas e guarnições é de 5mm (cinco
milímetros) e para as grelhas de inspeção é de 15mm (quinze milímetros).
Parágrafo único
As tampas de que se tratam este artigo deverão, ainda:
Parágrafo único
(Revogado)
Revogado pelo Art. 27. - Lei Complementar nº 748, de 19 de dezembro de 2018.
I –
ser nivelados pelo piso do passeio, sendo os ressaltos ou juntas de dilatação
embutidos no piso, transversalmente ao sentido do fluxo de pedestres;
II –
possuir textura da superfície diferenciada em relação à de pisos táteis de
alerta ou direcionais.
Art. 56.
O proprietário não poderá implantar qualquer elemento na calçada, que
obstrua a mesma, sem autorização expressa da Prefeitura Municipal através do Órgão Gestor
Municipal de Trânsito.
CAPÍTULO VIII
Revogado pelo Art. 27. - Lei Complementar nº 748, de 19 de dezembro de 2018.
(Revogado)
Revogado pelo Art. 27. - Lei Complementar nº 748, de 19 de dezembro de 2018.
Art. 57.
É permitido ao munícipe o ajardinamento da calçada correspondente ao
seu lote dentro do conceito de calçada verde, desde que respeitadas às seguintes disposições:
I –
em calçadas das Vias Arteriais, será permitido o uso de calçadas verdes
somente nas faixas de acesso de testadas residenciais, respeitando os limites de largura para
cada faixa;
II –
em calçadas das Vias Coletoras, será permitido o uso de calçadas verdes nas
faixas de serviço e de acesso, somente em testadas residenciais, respeitando os limites de
largura para cada faixa;
III –
em calçadas das Vias Locais, será permitido o uso de calçadas verdes nas
faixas de serviço e de acesso, respeitando os limites de largura para cada faixa;
IV –
as faixas ajardinadas não poderão interferir na faixa livre que deverá ser
contínua.
V –
Quando da utilização de calçadas verdes nas faixas de acesso, deverão ser
respeitadas as instalações de infra-estrutura urbana;
VI –
Não é permitido arborização na faixa de acesso.
Art. 58.
O munícipe fica responsável pela manutenção da calçada verde na
extensão dos limites do seu lote, bem como pelos reparos do passeio público existente.
Art. 59.
A arborização das calçadas deverá observar as normas, espécies e
padrões contidos em legislação específica, ou ato normativo superveniente que a substitua.
§ 1º
As árvores existentes nas calçadas deverão ter sua cova nivelada ao piso
tratadas com vegetação rasteira ou grelha metálica de piso, não sendo admissível alteamento de
covas, muretas em alvenaria ou similares. Deverão respeitar a largura máxima da faixa de
serviço de acordo com a localização da área.
§ 2º
Para as árvores já implantadas deverá ser elaborado um programa de
substituição por árvores próprias para arborização de vias públicas, recomendadas e autorizadas
a remoção através da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, sendo substituídas
prioritariamente aquelas que expõem a integridade física do ser humano.
Art. 59-A.
O mobiliário urbano e o ajardinamento dependerão de
autorização do Órgão competente e deverão:
Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
I –
preservar a visibilidade entre motoristas e pedestres;
Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
II –
ser instalados em locais que não intervenham no rebaixamento das
calçadas;
Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
III –
garantir a autonomia e segurança de sua utilização;
Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
IV –
ser posicionados de forma a não comprometer a circulação dos
pedestres;
Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
§ 1º
Será permitido na faixa de interferência o plantio de vegetação de pequeno porte, em canteiros.
Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
§ 2º
O ajardinamento a ser implantado nos passeios públicos ou
calçadas não deverá adotar plantas com espécies agressivas ou que
avancem sobre a faixa de caminhabilidade e obstruam a passagem do
pedestre.
Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
Art. 59-B.
O plantio de árvores far-se-á em caixa com dimensão mínima
de 0,90m x 0,90m (noventa centímetros por noventa centímetros) e indutor de raiz de tubo de concreto pré-moldado com diâmetro mínimo de
0,80m (oitenta centímetros).
Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
Art. 59-C.
As espécies de árvores a serem plantadas nos passeios
públicos ou calçadas deverão seguir a recomendação da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e manter, em relação ao plantio, as
seguintes distâncias:
Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
I –
árvores de pequeno porte: de 5,00m em 5,00m (cinco em cinco
metros);
Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
II –
árvores de médio porte: de 8,00m em 8,00m (oito em oito metros);
Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
III –
árvores de grande porte: de 12,00m em 12,00m (doze em doze
metros)
Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
Art. 59-D.
Fica vedado o ajardinamento e instalação de mobiliário urbano
em passeios públicos ou calçadas com largura inferior ou igual a 1,25m
(um metro e vinte e cinco centímetros).
Inclusão feita pelo Art. 3º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
Art. 60.
As calçadas do Município de Porto Velho deverão seguir os padrões
estabelecidos nesta Lei, de acordo com as áreas delimitadas pelo município, bem como os
projetos específicos das calçadas, elaborados por competência da Secretaria Municipal de
Transportes e Trânsito.
§ 1º
As regulamentações necessárias para o devido cumprimento desta Lei bem como as análises das situações transitórias serão deliberadas por Comissão Específica remunerada, sob coordenação da SEMTRAN –Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito.
§ 1º
As regulamentações necessárias para o devido cumprimento desta
Lei, bem como as análises das situações transitórias serão deliberadas
por Comissão Permanente Remunerada, sob a coordenação da
SEMTRAN – Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito.
Alteração feita pelo Art. 4º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
§ 2º
A Comissão Permanente de que trata o § 1º deste artigo, fará jus a
jetons equivalente a 06 (seis) UPF'S para o coordenador e membros da
subcomissão de execução, análise de projetos legislação e vistoria; e 04
(quatro) UPF`S para os integrantes da subcomissão de operação,
levantamento e ações fiscais; e a subcomissão de assessoramento de
planejamento e secretária executiva, pela presença em cada sessão a
que comparecerem, até o máximo de 08 (oito) sessões por mês, com
ônus para a SEMTRAN.
Inclusão feita pelo Art. 4º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
§ 3º
O total de membros a que se refere o presente artigo será
regulamentado por Decreto do Poder Executivo Municipal.
Inclusão feita pelo Art. 4º. - Lei nº 2.176, de 25 de agosto de 2014.
Art. 61.
O proprietário, o titular do domínio útil, o compromissário comprador ou possuidor a qualquer titulo de imóvel situado na zona urbana ou de expansão urbana, edificado ou não, fica obrigado a promover, por sua conta e risco, a construção de calçadas e mantê-las em perfeito estado de conservação;
Considera-se responsável pelas obras ou serviços previstos nesta Lei:
Art. 61.
O proprietário, constituído por título registrado em Cartório de
registros de Imóveis, possuidor de domínio útil, declarado judicialmente, ou
administrativamente, situado na zona urbana ou expansão urbana, edificado ou não, fica
obrigado a promover, por sua conta e risco, a manutenção em perfeito estado de
conservação, de acordo com a norma técnica vigente, que será fornecida pela
Comissão de Calçadas, constituída pelo art. 60 desta lei; Considera-se responsável
pelas obras ou serviços previstos nesta Lei;
Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 670, de 04 de agosto de 2017.
I –
proprietário do imóvel:
I –
Proprietário do Imóvel; Titular do domínio útil; O Representante,
devidamente constituído, através de instrumento público de procuração; O possuidor,
litigante em esfera judicial, que prove distribuição de ação de usucapião;
Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 670, de 04 de agosto de 2017.
a)
o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor do imóvel, a qualquer
título;
a)
os responsáveis por imóveis nos termos dos incisos do art. 61 desta lei,
edificados ou não, situados em vias ou logradouros públicos dotados de passeio público
e/ou guais e sarjetas, são obrigados a manter em perfeito estado de conservação, as
respectivas calçadas na extensão correspondente a sua testada.
Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 670, de 04 de agosto de 2017.
b)
os responsáveis por imóveis nos termos desta lei, edificados ou não, situados
em vias ou logradouros públicos dotados de passeio público e/ou guias e sarjetas, são obrigados
a construir as respectivas calçadas na extensão correspondente a sua testada e em se tratando de
terrenos pertencentes a loteamentos aprovados o loteador é responsável pela execução das
calçadas e dos rebaixamentos de guia para acesso de pedestres, conforme regulamentação da
Prefeitura Municipal.
II –
Empresas concessionárias de serviço público:
a)
as concessionárias ou permissionárias de serviços públicos ou de utilidade
pública e as entidades a elas equiparadas, se as obras ou serviços exigidos resultarem de danos
por elas causados.
III –
Poder Público Federal, Estadual e Municipal:
a)
o Poder Público ou entidades de sua administração indireta em seu próprio
domínio são responsáveis pelas calçadas das edificações de sua guarda ou administração.
IV –
Pessoa física ou jurídica que danificar a superfície.
IV –
Pessoa física, jurídica, de direito interno ou externo, de personalidade
pública ou privada.
Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 670, de 04 de agosto de 2017.
§ 1º
Em caso de projetos de loteamentos urbanos o loteador será o
responsável pela execução das calçadas, sendo a conservação e manutenção de
responsabilidade do proprietário do imóvel.
§ 1º
Em caso de projetos de loteamento urbanos o loteador será
responsável pela execução e construção das calçadas em áreas de APP's e
Equipamentos Comunitários, constituídos através do projeto de aprovação do
loteamento, contíguas com logradouros públicos, pelo rebaixamento de guia de acesso
de pedestres, construção de rampas em todas as esquinas do empreendimento e
instalação de piso tátil, nos termos da norma técnica vigente.
Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 670, de 04 de agosto de 2017.
§ 2º
Nos loteamentos, ao qual o parágrafo primeiro se refere, a
construção, manutenção e conservação em área particular ficará sob responsabilidade
do titular do imóvel, ou seu fiduciário em caso de financiamento;
Inclusão feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 670, de 04 de agosto de 2017.
§ 3º
Independente de caução estabelecida em Lei Própria se destinará
daquela caução 10(dez) lotes do empreendimento, já incluso no total, para a feitura e
entrega das calçadas citadas no §1° do presente artigo.
Inclusão feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 670, de 04 de agosto de 2017.
Art. 62.
É de responsabilidade do Executivo Municipal:
a)
especificação técnica dos materiais e métodos construtivos;
b)
indicar e aprovar os projetos para construção reforma ou manutenção de
calçadas;
c)
orientação dos procedimentos técnicos de projeto e construção de calçadas,
através de programa e cartilhas de esclarecimento;
d)
pelas áreas pedestrianizadas (calçadões para pedestre) ou vias de interesse
histórico.
Art. 63.
A recomposição das calçadas de propriedade do Município de Porto
Velho, danificadas por pessoas físicas ou jurídicas, deve ser precedida de autorização da
mesma onde estará discriminado:
I –
A especificação técnica do piso a ser executado, detalhando: materiais,
acabamentos, nivelamentos e alinhamentos;
II –
O prazo para execução dos serviços;
III –
As condições de manutenção do piso;
IV –
Os responsáveis pela recomposição ao estado original em caso de quebra; e
V –
A garantia da durabilidade do desempenho do pavimento.
Art. 64.
Caracteriza-se como situação em mau estado de conservação das
calçadas, dentre outras, a existência de buracos, ondulações, de desníveis não exigidos pela
natureza do logradouro, de obstáculos que impeçam o trânsito livre e seguro dos pedestres e a
execução de reparos em desacordo com o aspecto estético ou harmônico ou em desacordo com
as normas técnicas e regulamentares, nas faixas livres de circulação, acesso aos edifícios e
principalmente esquinas ou áreas de travessia.
Parágrafo único
Em caso de projetos urbanos específicos o Executivo poderá
executar as calçadas de acordo com o projeto pré-determinado, sendo a conservação e
manutenção de responsabilidade do proprietário do imóvel.
Art. 65.
O proprietário e/ou responsável pelo imóvel, será notificado a
regularizar a construção e/ou reparação da calçada sob sua responsabilidade, mediante
Notificação Preliminar, na qual constarão obrigatoriamente os seguintes dados:
Art. 65.
O proprietário do imóvel, ou quem lhe fizer as vezes, conforme o
art. 61, da presente Lei, será notificado a regularizar a reparação da calçada sob sua
responsabilidade, mediante Notificação Preliminar, acompanhada da cartilha da qual
trata o art. 62, alínea “c”, no qual constarão obrigatoriamente os seguintes dados:
Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 670, de 04 de agosto de 2017.
I –
dia, mês, ano e hora onde foi constada a irregularidade;
II –
nome completo do notificado;
III –
número do Cadastro de Pessoa Física, se pessoa física;
IV –
número do CNPJ, se pessoal jurídica;
V –
endereço completo do imóvel;
VI –
indicação da obra e/ou reparo a ser realizado na forma disposta nesta Lei;
VII –
prazo para realizar a obra e/ou reparo;
VIII –
assinatura do notificado; e
IX –
identificação e assinatura do Agente Fiscal;
X –
relatório fotográfico, com indicação do dia, mês, ano e horário da vistoria in
loco.
Art. 66.
A intimação para que o proprietário e/ou responsável pelo
imóvel, integre a instância administrativa far-se-á:
I –
pessoalmente, mediante entrega ao notificado, seu representante legal ou
preposto, de cópia da peça básica do processo, dos levantamentos e outros documentos que lhe
deram origem, exigindo-se recibo datado e assinado no respectivo original;
II –
por via postal, com prova de recebimento;
III –
por edital, publicado uma única vez no Diário Oficial do Município, na
impossibilidade de serem utilizados os meios referidos nos incisos I e II deste artigo.
§ 1º
Considera-se feita a intimação:
I –
na data da ciência do intimado ou da declaração de quem fizer a intimação
pessoal;
II –
na data do recebimento do AR por via postal, ou 15 (quinze) dias após a
entrega da intimação à Agência Postal se a data for omitida; e
III –
15 (quinze) dias após a publicação do edital, se este for o meio utilizado.
§ 2º
Caso o proprietário e/ou responsável pelo imóvel se recuse a receber a
Notificação Preliminar ou não for encontrado no local, a mesma poderá ser encaminhada via
postal ou por Edital publicado no Órgão Oficial do Município.
Art. 67.
A concessionária de serviço público, que execute obras de infraestrutura urbana, inerentes às suas finalidades, que danifiquem a estrutura das calçadas
municipais fica obrigada a providenciar a recomposição através de nova obra e/ou reparos no
local, no prazo máximo de 10 (dez) dias, independentemente de Notificação Preliminar.
Parágrafo único
Caso a concessionária de serviço público, não se manifeste a
respeito da recomposição do local danificado por obra de sua responsabilidade, no prazo
previsto no caput deste artigo, será a mesma notificada, na forma do art. 68, para que
providencie o reparo no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis.
Art. 68.
Se após a notificação, o responsável não executar a adequação da
calçada nos moldes desta lei, o Poder Executivo Municipal, independente da aplicação da pena
de multa, poderá executar a obra da calçada, cobrando a indenização pelo responsável pelo
imóvel, conforme valores dos serviços e da obra realizada, previsto em planilha orçamentária
de custos elaborada pelo poder publico municipal ou por registro de preço.
Art. 69.
Os proprietários/responsáveis de imóveis que não atenderem às
notificações preliminares no prazo estabelecido, ficam sujeitos às seguintes penalidades de
multa:
I –
05 UPF´s por m2 (cinco Unidades Fiscais de Porto Velho por metro
quadrado) de calçada, quando se tratar de calçada do Tipo 01 - Vias Arteriais;
II –
05 UPF´s por m2 (cinco Unidades Fiscais de Porto Velho por metro
quadrado) de calçada, quando se tratar de calçada do Tipo 02 - Vias Coletoras;
III –
01 UPF´s por m2 ( Uma Unidade Fiscal de Porto Velho por metro
quadrado) de calçada, quando se tratar de calçada do Tipo 03 - Vias Locais.
Art. 70.
A aplicação das penalidades de multa não isentam os autuados da
execução das obras necessárias para a perfeita adequação e/ou recomposição das calçadas
conforme disposto nesta lei.
Art. 71.
A lavratura do auto de infração e o procedimento do contencioso
tributário deverão seguir o rito disposto no Código Tributário Municipal.
Art. 72.
A partir da vigência desta Lei, para toda a emissão de Habite-se, as
calçadas deverão estar executadas nos padrões estabelecidos nesta Lei, devendo o responsável
apresentar projeto específico da calçada.
Parágrafo único
Para as obras já iniciadas e para as quais
foram emitidos o Alvará de construção pelo Poder Público
Municipal, o prazo para adequação dos tipos de calçadas será o
mesmo definido no art. 73.
Inclusão feita pelo Art. 1º. - Lei nº 2.014, de 11 de junho de 2012.
Art. 73.
Para as obras existentes, fica estipulado o prazo para adequação dos
tipos de calçadas:
I –
Tipo 01 - Vias Arteriais: 3 (três) anos;
II –
Tipo 02 - Vias Coletoras: 3 (três) anos; e
III –
Tipo 03 - Vias Locais: 6 (seis) anos
§ 1º
Caso o prazo para readequação termine, as calçadas em bom estado de
conservação, desde que contenham as três faixas como prescreve a lei, poderão permanecer
com o material executado, mas em caso de reforma ou outra adequação será obrigatório a
execução na forma desta lei.
§ 2º
Na Avenida 7 de Setembro, o projeto de revitalização executado pelo
Poder Público será considerado como padrão.
Art. 74.
Fica estabelecido o prazo de 90 (noventa) dias para o Executivo
Municipal regulamentar no que couber a presente Lei, contados da data da sua publicação.
Art. 75.
Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 76.
Revogam-se as disposições em contrário.